A ilha de São Jorge apresenta uma extensa linha de costa, em resultado da sua configuração alongada e o aspeto montanhoso é devido sobretudo às arribas escarpadas, principalmente na costa norte, o que torna a paisagem mais abrupta. A par dos vales encaixados existem outros que nem chegam a atingir o nível do mar, ficando suspensos no alto da arriba dando origem a magníficas cascatas. Na orla costeira surgem pontualmente superfícies planas, designadas fajãs (fajãs de talude e fajãs lávicas) que constituem uma característica diferenciadora da ilha, pela relação equilibrada entre o homem e a natureza e pelas vivências únicas, paisagens e biodiversidade. Os costumes associados às fajãs, singulares nos Açores, foram sendo consolidados ao longo dos anos, resultando numa especificidade cultural que se mantém até aos dias de hoje.
Fajãs da Fragueira, Vimes, Fonte do Nicolau, Bodes, Cavalete, Ginjal, Além e São João.
Este passeio pedestre inicia-se no lugar do Portal (Ribeira Seca - Calheta) e desce por um trilho com muitos degraus até à Fajã da Fragueira. O habitante mais ilustre desta fajã foi o Maestro Francisco de Lacerda, que se diz ter nascido na que foi a melhor casa deste lugar e agora, mais uma vez pela incúria das pessoas, se encontra em ruínas.
Seguindo pela costa, vamos até à fajã dos Vimes, conhecida pela sua produção de café. Uma paragem para fazer a prova do café e visitar a casa de artesanato desta fajã. Nesta Fajã e na Fajã de São João, são os únicos lugares da Europa onde se produz café.
Passaremos pela Fajã da Fonte do Nicolau para chegar à Fajãs dos Bodes. Poderemos ver moinhos de água antigos e as pequenas hortas cultivadas ao longo do caminho.
A Fajã dos Bodes ainda permanece com habitantes, muitos deles também descem à fajã pela época da transumância, oriundos do Loural, para cultivarem os terrenos nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março. Seguindo para nascente da ilha, passamos pela Fajã do Cavalete antes de íniciar a subida para o Loural. Este lugar deu nome ao queijo muito afamado da ilha de São Jorge. O queijo dos Lourais, que agora se produz na Freguesia da Ribeira Seca na cooperativa que ainda mantem o mesmo nome: Lourais.
No Loural, iniciaremos a descida para a Fajã de São João, passando ainda pela Fajã do Ginjal e avistaremos a Fajã das Barreiras antes de chegar à Fajã do Além. Nestas paragens ainda se encontra estas Fajãs preservadas, com a excepção da Fajã das Barreiras, devido à sua inacessibilidade. Ainda cultivam os terrenos e mantêm as casas habitáveis.
A Fajã de São João é ainda habitada durante todo o ano. Isso deve-se ao seu clima temperado e aos seus terrenos férteis para o cultivo. Aqui é outro dos dois locais da Europa onde se produz café, tal como a Fajã dos Vimes.
Este é o ponto final do nosso passeio pedestre. Para aqueles que querem conhecer a Fajã da Saramangueira, podemos fazer essa visita num trekking de aproximadamente uma hora (ida e volta). Quem não tiver interessado, pode ficar a provar uma Angelica (bebida típica de São Jorge) e a desfrutar da paisagem no convívio com os locais que param neste simpático Café típico da Fajã de São João.
nível dificuldade
altitude max. 500m
costa sul
distância total 17km
caminhada 5h
tempo total 6h
início: portal
final: fajã são joão
Fajãs do Manuel Teixeira, Rasa e Vasco Martins.
Este passeio pedestre localiza-se no lugar do Toledo, costa Norte da Ilha de São Jorge. É um percurso circular onde iremos passar por 3 fajãs desta ilha: Fajã Manuel Teixeira, Rasa e Vasco Martins, também conhecidas pelas fajãs do Toledo.
A primeira parte do caminho de acesso à Fajã Manuel Teixeira não é dos mais fáceis, trata-se de um atalho inclinado e em certas zonas escorregadio, povoado por uma imensa abundância de espécies típicas das florestas da Laurissilva. O tempo de descida varia conforme a condição física de cada Trekker, podendo rondar os 50 minutos.
A Fajã Manuel Teixeira possui seis casas antigas, com algumas adegas no exterior, sendo abastecida por quatro nascentes. Era esta água que regava as principais culturas desta fajã, tais como a vinha, o inhame (devido à abundância de água), a melancia, o melão, a abóbora, a couve, o pimento, a ervilha, o tomate, a batata-doce, o milho. Também possuía árvores de fruto, como a figueira, o araçazeiro ou araçá e a macieira.
Desta Fajã podemos ainda observar a ponta Furada. Trata-se de uma formação geologica com um buraco de grandes dimensões, que sobre a qual recai a lenda da Ponta Furada.
Apesar de haver pessoas que passam lá alguns dias, ninguém ali reside todo o ano desde o terramoto de 1 de Janeiro de 1980.
Seguimos pela costa até à Fajã Rasa. Esta fajã caracteriza-se pelo seu exotismo e pelo facto de ficar praticamente ao nível do mar, facto que lhe dá o nome. Em tempos atrás teve quatro adegas, onde ainda se pode ver vestígios dos lagares. Esta fajã foi praticamente soterrada no terramoto de 1980, embora ainda se encontre alguns vestígios das casas que se situavam junto à costa.
A Fajã Rasa teve antigamente uma azenha na ribeira que divide esta fajã da anterior. Hoje em dia, ainda se pode encontrar um poço de baixa-mar com água, embora esteja ao abandono. Nesta fajã cultivava-se vinha entre outras culturas típicas destes lugares. Também se praticava o pastoreio, nomeadamente no inverno. Nesta fajã encontra-se um dos maiores povoamentos conhecidos da espécies endémica da Macaronésia de Solidago sempervirens, mais conhecido pelos locais como o Cubres.
Seguiremos pela costa até á Fajã Vasco Martins. Esta é uma das maiores fajãs da ilha. Já foi uma localidade com vida própria durante muitos séculos, viveram muitas famílias nesta fajã, muitas permanentemente outros durante alguns meses no ano.
Eram cerca de treze as casas aqui existentes. Após o Terramoto de 1980 as pessoas que viviam de forma permanente nesta fajã abandonaram-na para vir viver para "fora da rocha", por ser mais seguro. Actualmente são poucas as casas que estão devidamente conservadas e nenhuma é habitada de forma permanente. As que estão conservadas ainda mantém os seus lagares e adegas.
Um dos expoentes desta fajã é a sua queda de água com 70 m de altura, que se precipita num poço de água, denominado do Poço da Airoses, por ter eirós (nome que os locais dão à enguia). Assim sendo também, o nome da mesma Ribeira.
Será junto a este poço que iremos almoçar, perante a beleza extenuante desta cascata. Com sorte ainda vemos uma enguia a serpentear no lago.
Depois uma visita à fajã, iniciamos a subida pela encosta, até à "beira da rocha", nome este dado pelos locais à saída da zona de falésia sobranceira às fajãs. Este percurso é feito por um trilho que serpenteia a encosta que levará aproximadamente 1 hora a percorrer. Chegado à "beira da rocha", vamos apreciar um fio de metal, que serve de ascensor e descensor de bens e matérias para esta fajã. Embora seja de um particular, este bem é utilizado por todos os poucos locais que ainda regularmente se deslocam a esta fajã, para o cultivo e colheita dos seus bens.
Mais 30 minutos nos separam do ponto de partida, onde nos aguarda o nosso transfer.
nível dificuldade
altitude max. 650m
costa norte
distância total 13km
caminhada 4h
tempo total 5h
início: toledo
final: toledo
Fajãs da Caldeira de Cima, Caldeira de Santo Cristo, Tijolos, Belo, Cubres e Bitesga.
Este era o percurso tradicional para chegar à Fajã da Caldeira de Santo Cristo, encravada entre a falésia e o mar. O que mais desperta a atenção nesta fajã é o seu isolamento e consequente inacessibilidade, mas os poucos habitantes que lá ficaram depois do sismo de 1980, resistem em abandoná-la. Oito são o número de pessoas que vivem durante os doze meses do ano nesta fajã.
Na primeira parte do passeio pedestre, com uma distância de 5 Km, por um trilho que serpenteia o vale até chegarmos à Fajã da Caldeira de Cima, vamos passar por uma vasta diversidade de plantas endémicas, formações geológicas e diversa fauna. Na Fajã da Caldeira de Cima, a primeira fajã das seis que iremos passar neste passeio, iremos observar um património edificado, casas e moinhos, onde os antigos habitantes da Fajã da Caldeira de Santo Cristio passavam alguns meses de Verão, com as suas famílias e animais domésticos. A paisagem é imponente, com ribeiros que se precipitam em lindas quedas de água cristalina, convidativas a nadar. Caso queiram ter esta experiência fantástica, faremos uma pausa para que possam usufruir desta dádiva da natureza.
Em seguida, seguiremos até ao miradouro da fajã, onde teremos a primeira vista do Paraíso - Fajã da Caldeira de Santo Cristo. Momento este para contemplar..
A descida faz-se agora pela encosta, deixando o vale para trás e seguimos em direcção à Fajã da Caldeira de Santo Cristo. Nesta parte do percurso, podemos avistar ainda a encosta nascente da ilha e perceber, com a explicação dos nossos guias, como é que se formaram as Fajãs.
(...) Chegamos ao lugar onde o tempo não existe, onde o passado e futuro são presente e a alma fica pequena, perante a beleza que se assiste(...)
Depois de um mergulho na lagoa e um almoço reconfortante, com prova de amêijoas da fajã,vamos dar um passeio por este lugar paradisíaco e contatar com alguns habitantes locais, bem como visitar o Centro de Interpretação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo.
É chegada a hora de partir, para completar os restantes 5 km do percurso e continuar a desfrutar da paisagem, sempre acompanhados pelo som primoroso das ondas que ecoa na falésia sobranceira ao mar até à Fajã dos Cubres, com passagem pela Fajã dos Tijolos e a Fajã do Belo.
Chegados à Fajã dos Cubres, o ponto final deste passeio pedestre. Vamos ainda conhecer esta fajã com um passeio pela lagoa onde podemos com sorte, observar alguns pássaros migratórias que usam as suas margens como ponto de passagem. Terminamos com a visita à igreja de Nossa Senhora de Lurdes.
Nesta fajã o nosso transfere espera por nós. No caminho de saída, passaremos pela Fajã da Bitesga e pararemos no miradouro dos Cubres, para nos despedirmos com uma última foto neste local "abençoado por Deus e pela Natureza".
nível dificuldade
altitude max. 680m
costa norte
distância total 10km
caminhada 3h
tempo total 5h
início: piquinho urze
final: fajã dos cubres
Informações gerais
nível dificuldade
distância total 40km
caminhada 12h
tempo total 3 dias
12
Informações adicionais
Ponto de Encontro
O ponto de encontro é no local de início da atividade.
Quando realizar a reserva, será lhe enviado um link com a localização do Ponto de Encontro para o local de início da atividade.
Que trazer para a atividade
Roupas confortaveis e leves;
Calçado de caminhada ou ténis;
Boné;
Mochila não superior a 25L;
Impermeável;
Corta-vento;
Máquina fotográfica.
Incluído na atividade
Guias credenciados;
Seguros;
1 almoço com prova de amêijoas;
Snack;
Águas;
Gift Aventour.
- Tem desconto de 5€ por pessoa, se for directamente até ao meeting point para a atividade. Enviamos depois as coordenadas (Google Maps) do meeting point.
- Os preços para 1 único cliente, no acto da reserva, estão com o valor de 50%. Na data da atividade se só existir esse mesmo único cliente, terá de pagar os 50% restantes (no "meeting point"), caso não haja mais clientes para o mesmo Tour.
POR PESSOA: 600€
POR PESSOA: 300€
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